Não necessariamente.

O perfeccionismo pode surgir de expectativas internas, experiências passadas, medo de falhar ou de não corresponder ao que se espera e nada disso o torna automaticamente um quadro de TOC.

Quando a busca por desempenho perfeito começa a gerar sofrimento, autocobrança intensa, procrastinação, paralisia diante de escolhas ou sensação de nunca ser “bom o suficiente”, ele passa a interferir na vida da pessoa de forma semelhante aos transtornos de ansiedade e ao TOC.

Nesses casos, vale olhar para o perfeccionismo como um padrão que pode ser flexibilizado por meio de terapia, mas não como uma identidade fixa.

Sim. Abordagens como a ACT e intervenções baseadas em exposição têm mostrado excelentes resultados porque ajudam a pessoa a mudar sua relação com a autocrítica, o medo do erro e a pressão por controle.

O trabalho não busca eliminar o desejo de fazer bem feito, mas ampliar o espaço interno para que a vida seja guiada por valores e não pela rigidez, pela vergonha ou pelo medo de desapontar.

Com prática e suporte adequado, é possível agir mesmo diante da dúvida, do desconforto e da imperfeição, abrindo caminho para escolhas mais alinhadas ao que realmente importa.

Funciona, sim, de maneira muito eficaz.

O formato online facilita os exercícios no ambiente real da pessoa, favorece a regularidade das sessões e permite que o trabalho terapêutico dialogue diretamente com os contextos em que o perfeccionismo costuma aparecer.

Com acompanhamento consistente e exercícios que conectam ação e valores, muitas pessoas começam a perceber um movimento interno importante: menos rigidez, mais autonomia, mais liberdade para existir sem precisar corresponder a algum padrão o tempo todo.